Marketing

Geração Z: conexão deve ir além de dancinhas no TiktTok

Por:
Divibank Team


Entender como é o hábito de consumo de um grupo de pessoas extremamente conectado à internet e que cresceu em um período em que a tecnologia já estava avançada tem sido um dos grandes dilemas das empresas. Formada por jovens que nasceram a partir de 1995, a geração Z está revolucionando a relação com o consumo; manter esse público conectado e fiel às marcas é um desafio significativo.

Muito além das dancinhas no TikTok para atrair e encantar essa geração, as empresas precisam identificar seus sonhos, objetivos, preocupações e aspirações, além de entender o que os motiva a dar o próximo passo de consumo.

Uma boa estratégia de marketing voltada a esse público também compreende entender como eles enxergam o mundo, e isso passa por uma maior cobrança das responsabilidades das empresas, menor tolerância para campanhas invasivas e maior busca por experiências.

100% digital

Como uma parte desses jovens está no processo de entrada no mercado de trabalho, eles serão os futuros consumidores e público-alvo das empresas nas próximas décadas. Um relatório produzido pela Kantar Millward Brown aponta que eles representam uma fatia de quase 30% da população mundial.

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Para atrair essa fatia do mercado, portanto, deve ser considerado o fato de que muitos desses “nativos digitais” tiveram acesso ao telefone celular antes mesmo dos dez anos de idade. Por isso, vivem inseridos nas redes sociais e acabam tendo como base padrões de consumo irreais.

Por serem hiperconectados, esperam muito mais do que bons produtos e serviços. Estão em busca de experiências diferenciadas como consumidores que apostam na criatividade e no humor. Costumam ter mais interesse por temas voltados para o entretenimento e não esperam formatos que fomentem o consumo por si só, buscando outras formas de interação.

Outra marca dos nascidos depois de 1995, é a valorização dos influenciadores. Como, muitas vezes, eles são responsáveis pela produção do próprio conteúdo, as marcas “pegam carona” nessa credibilidade e no alcance que eles têm para fazer a inserção do produto dentro do conteúdo.

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Novas plataformas

Ainda como tendência de consumo dessa geração, a música tem um lugar importante, com destaque também para os conteúdos em podcast. Segundo a pesquisa Culture Next, realizada pelo Spotify, somente no ano passado, esse grupo fez mais streaming de música do que usou outras formas de conteúdo, como vídeos e jogos.

No primeiro trimestre deste ano, o relatório apontou que esses jovens foram os que mais consumiram música nessa plataforma. Foram mais de 578 bilhões de minutos de música e cerca de 16 bilhões de minutos a mais do que para pessoas de 25 anos a 34 anos. É uma das formas que as empresas podem utilizar para se conectar com eles.

Além disso, consumo on demand dita a preferência desse público. Para eles, é importante ter o controle sobre o que consomem, poder escolher se vão assistir a um determinado conteúdo agora ou depois e o quanto estão dispostos a se engajar com a publicidade das marcas.
Novo comportamento

Apesar do viés tecnológico forte, a Geração Z também está fortemente atenta às causas sociais mundiais e geralmente não tolera preconceitos. Entre elas, estão questões como inclusão, diversidade, orientação sexual, identidade de gênero e preocupação com o meio ambiente. São esses fatores diretamente ligados ao consumo consciente que eles também esperam identificar na missão e nos valores das empresas cujos produtos eles consomem.

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Por causa da busca por escolhas mais responsáveis e sustentáveis, muitos deixam de consumir marcas desalinhadas com esses ideais, como a redução de consumo de produtos de beleza que fazem testes em animais. Nesse sentido, a sustentabilidade parece ter um papel fundamental, já que 14% dos jovens optam por marcas de moda ou beleza que causam menos impacto ambiental.

Para as empresas, vale lembrar que a Geração Z também é menos apegada aos padrões de comportamento que dominaram os grupos anteriores ao deles. Assuntos considerados por esses jovens como mais tradicionais como a realização de casamento, compra da casa própria e de um carro ou até mesmo carreiras mais sólidas e duradouras quase não figuram na lista de desejo do grupo.

Nesse mercado tão disruptivo e ainda em evolução tecnológica constante, produtos e serviços inovadores continuam sendo fundamentais, mas agora com mais responsabilidade social, ética e experiência. Explorar novas formas de venda, novos pontos de contato, meios de pagamento e entrega pode ajudar um negócio a se conectar e prosperar junto à Geração Z.

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